Biologia Cap: Trabalho turma 101 e 102 - Fibrose Cística: A fibrose cística é uma doença decorrente de uma alteração genética muito frequente entre os caucasianos, como são chamados os descendentes ...
Plano de aula!!!
Olá a todos que leem este blog, estive um pouco ausente, confesso. Estes três últimos meses não têm sido fáceis, correria para o término da graduação e início da maratona em busca por um emprego, ou para continuar os estudos. Não imaginei que seria tão difícil assim.
Desde dezembro de 2009, tenho tentado de tudo, de tudo mesmo, desde educadora de creche, até agente educadora da Fundação Casa. Affff.
Neste intervalo me propus a prestar as provas de seleção do Mestrado em Marechal Candido Rondon – PR, mas infelizmente não foi dessa vez, mas valeu a experiência, ano que vem tento de novo!!!. (Um agradecimento especial para o Thiago, Kelli, Lays, Thalita e todos os outros acolheram a mim e minha amiga Melissa, naquela cidade, que em época de mestrado fica mais quente que Ilha Solteira, rsrsr).
Como sempre existe uma luz no fim do túnel, eu ainda tenho mais uma chance de ingressar no mercado de trabalho, ainda resta uma esperança. No dia 28 de março, farei o concurso do Estado de SP, para professor de História, tenho estudado, então qualquer nova ausência repentina já esta justificada. rsrsrs.
Justificativas dadas, vamos ao post!!!
Durante os quatro anos de graduação, produzi alguns textos, resenhas e trabalhos, que pretendo compartilhar com os leitores desse humilde blog. Para começar vou expor alguns planos de aula, elaborados para o Ensino fundamental e Ensino médio, durante as aulas de Prática de Ensino.
Plano de aula:
Tema: O período Vargas (1930-1945)
Série: 3° C
Objetivos: - compreender os fatos ocorridos no passado em relação à política e saber situá-los em seu contexto atual.
-Situar os acontecimentos históricos do período de Vargas, as formas de repressão ocorridas no período, a fim de conhecer e respeitar as diferentes manifestações culturais.
- Compreender que há formas muito diferentes de adquirir, obter e avaliar informações sobre o passado.
Conteúdos:
Conceitual:
- Revolução de 1930
- Estado Novo
- Formas de repressão social, política e cultural
- Populismo
Procedimental:
- leitura em conjunto, alunos e professor.
- analise de documentos escritos e sonoros (músicas)
- produção de texto informativo sobre o tema.
Atitudinal:
- compreensão das diferentes organizações políticas.
- respeitar as diferenças culturais e sociais dos indivíduos.
Estratégias didáticas:
- aula expositiva
- trabalho em grupo
- leitura em grupo
-analise de documentos escritos e sonoros (músicas)
Sequência Didática:
1° aula: Apresentação da temática e as formas de avaliação. Colocar uma questão a respeito do tema para ser trabalhado durante as aulas e ser respondida pelos alunos individualmente na produção do texto final.
2° aula: Levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos acerca do tema, para que no término das aulas seja possível analisar qualquer tipo de modificação ou permanência em relação ao tema. Leitura e discussão do texto síntese elaborado com os principais conceitos, as causas e as conseqüências do governo de Vargas.
3° aula: Organizar a turma em grupos, distribuir as músicas censuradas pelo governo Vargas que retratam as formas de repressão e resistência por parte dos intelectuais, estimular os alunos a levantar questões pertinentes sobre as músicas, como por exemplo: que fator definia a censura das músicas. As questões serão uma produção escrita de cada grupo, que será recolhida ao final da aula.
4° aula: Trabalhar em grupos com análise textual, com textos que enfoquem as características da política do governo Vargas (repressão, censura, formas de governo) . Os grupos devem expor as suas análises a fim de trocarem informações e tentar responder as questões levantadas sobre as músicas na aula anterior.
5° Inicio da avaliação: Auxiliar os alunos na produção de texto individual que deve conter o texto trabalhado na segunda aula e relacionar a analise das músicas e os textos produzidos anteriormente, relacionando os seus conhecimentos prévios comparando o que sabiam com o que aprenderam.
6° aula: Continuação da produção de texto.
Recursos didáticos: Textos, Livro didático e Revistas.
Avaliação:
Instrumento de avaliação: Texto abordando o tema da repressão, relacionando o texto trabalhado na primeira aula, a analise das fontes e os textos produzidos anteriormente, considerando o que sabiam comparando com o que aprenderam. O instrumento utilizado para coletar dados sobre a capacidade de pesquisa dos alunos será análise dos grupos, observando: formas de organizar as atividades, se registrar o que estão vendo, se discutem com o grupo, etc.
Critérios de avaliação: Perceber se o aluno foi capaz de dominar os procedimentos de pesquisa escolar e de produção de texto aprendendo a observar e levantar informações de diferentes tipos de fontes (escrita e sonora).
Bibliografia:
ARENDT, Hannah. O Sistema Totalitário. Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1978.
BERTONHA, João Fábio. Fascismo, Nazismo, Integralismo. São Paulo, Afiliada, 2005.
MONTELLATO, CABRINI, CATELLI. Historia Temática. O Mundo dos Cidadãos, 2005.
PRATS, Joaquim. Ensinar Historia no contexto das Ciências Sociais: princípios básicos. Educar, Curitiba, Especial, p. 191-218, 2006. UFPR.
SARTRE, Jean Paul. De uma China a Outra. In: Colonialismo e Neo colonialismo. Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro, 1968.
Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclo do ensino fundamental – Historia.
Cartilha do Professor do estado de São Paulo.
Este plano de aula peguei no blog: http://rosanahistoria.blogspot.com.br/2010/02/plano-de-aula.html
Olá a todos que leem este blog, estive um pouco ausente, confesso. Estes três últimos meses não têm sido fáceis, correria para o término da graduação e início da maratona em busca por um emprego, ou para continuar os estudos. Não imaginei que seria tão difícil assim.
Desde dezembro de 2009, tenho tentado de tudo, de tudo mesmo, desde educadora de creche, até agente educadora da Fundação Casa. Affff.
Neste intervalo me propus a prestar as provas de seleção do Mestrado em Marechal Candido Rondon – PR, mas infelizmente não foi dessa vez, mas valeu a experiência, ano que vem tento de novo!!!. (Um agradecimento especial para o Thiago, Kelli, Lays, Thalita e todos os outros acolheram a mim e minha amiga Melissa, naquela cidade, que em época de mestrado fica mais quente que Ilha Solteira, rsrsr).
Como sempre existe uma luz no fim do túnel, eu ainda tenho mais uma chance de ingressar no mercado de trabalho, ainda resta uma esperança. No dia 28 de março, farei o concurso do Estado de SP, para professor de História, tenho estudado, então qualquer nova ausência repentina já esta justificada. rsrsrs.
Justificativas dadas, vamos ao post!!!
Durante os quatro anos de graduação, produzi alguns textos, resenhas e trabalhos, que pretendo compartilhar com os leitores desse humilde blog. Para começar vou expor alguns planos de aula, elaborados para o Ensino fundamental e Ensino médio, durante as aulas de Prática de Ensino.
Plano de aula:
Tema: O período Vargas (1930-1945)
Série: 3° C
Objetivos: - compreender os fatos ocorridos no passado em relação à política e saber situá-los em seu contexto atual.
-Situar os acontecimentos históricos do período de Vargas, as formas de repressão ocorridas no período, a fim de conhecer e respeitar as diferentes manifestações culturais.
- Compreender que há formas muito diferentes de adquirir, obter e avaliar informações sobre o passado.
Conteúdos:
Conceitual:
- Revolução de 1930
- Estado Novo
- Formas de repressão social, política e cultural
- Populismo
Procedimental:
- leitura em conjunto, alunos e professor.
- analise de documentos escritos e sonoros (músicas)
- produção de texto informativo sobre o tema.
Atitudinal:
- compreensão das diferentes organizações políticas.
- respeitar as diferenças culturais e sociais dos indivíduos.
Estratégias didáticas:
- aula expositiva
- trabalho em grupo
- leitura em grupo
-analise de documentos escritos e sonoros (músicas)
Sequência Didática:
1° aula: Apresentação da temática e as formas de avaliação. Colocar uma questão a respeito do tema para ser trabalhado durante as aulas e ser respondida pelos alunos individualmente na produção do texto final.
2° aula: Levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos acerca do tema, para que no término das aulas seja possível analisar qualquer tipo de modificação ou permanência em relação ao tema. Leitura e discussão do texto síntese elaborado com os principais conceitos, as causas e as conseqüências do governo de Vargas.
3° aula: Organizar a turma em grupos, distribuir as músicas censuradas pelo governo Vargas que retratam as formas de repressão e resistência por parte dos intelectuais, estimular os alunos a levantar questões pertinentes sobre as músicas, como por exemplo: que fator definia a censura das músicas. As questões serão uma produção escrita de cada grupo, que será recolhida ao final da aula.
4° aula: Trabalhar em grupos com análise textual, com textos que enfoquem as características da política do governo Vargas (repressão, censura, formas de governo) . Os grupos devem expor as suas análises a fim de trocarem informações e tentar responder as questões levantadas sobre as músicas na aula anterior.
5° Inicio da avaliação: Auxiliar os alunos na produção de texto individual que deve conter o texto trabalhado na segunda aula e relacionar a analise das músicas e os textos produzidos anteriormente, relacionando os seus conhecimentos prévios comparando o que sabiam com o que aprenderam.
6° aula: Continuação da produção de texto.
Recursos didáticos: Textos, Livro didático e Revistas.
Avaliação:
Instrumento de avaliação: Texto abordando o tema da repressão, relacionando o texto trabalhado na primeira aula, a analise das fontes e os textos produzidos anteriormente, considerando o que sabiam comparando com o que aprenderam. O instrumento utilizado para coletar dados sobre a capacidade de pesquisa dos alunos será análise dos grupos, observando: formas de organizar as atividades, se registrar o que estão vendo, se discutem com o grupo, etc.
Critérios de avaliação: Perceber se o aluno foi capaz de dominar os procedimentos de pesquisa escolar e de produção de texto aprendendo a observar e levantar informações de diferentes tipos de fontes (escrita e sonora).
Bibliografia:
ARENDT, Hannah. O Sistema Totalitário. Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1978.
BERTONHA, João Fábio. Fascismo, Nazismo, Integralismo. São Paulo, Afiliada, 2005.
MONTELLATO, CABRINI, CATELLI. Historia Temática. O Mundo dos Cidadãos, 2005.
PRATS, Joaquim. Ensinar Historia no contexto das Ciências Sociais: princípios básicos. Educar, Curitiba, Especial, p. 191-218, 2006. UFPR.
SARTRE, Jean Paul. De uma China a Outra. In: Colonialismo e Neo colonialismo. Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro, 1968.
Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclo do ensino fundamental – Historia.
Cartilha do Professor do estado de São Paulo.
Este plano de aula peguei no blog: http://rosanahistoria.blogspot.com.br/2010/02/plano-de-aula.html
sábado, 27 de fevereiro de 2010
Plano de Aula- parte 2
O planejamento das aulas é uma atividade indispensável no cotidiano da sala de aula. Atualmente existem vários modelos de planos de aula, todos com a finalidade de organizar e facilitar o trabalho do professor. Uma aula planejada possibilita a alunos e professores mais tempo para o aprendizado e maior clareza dos métodos utilizados pelo professor.
Planejar não é um processo fácil, exige tempo e reajustes ao longo do planejamento. Porém o professor que planeja tem mais facilidade em lidar com os imprevistos que podem ocorrem durante uma aula e ao longo do tempo adquire maior domínio sobre seu próprio método.
O plano de aula apresentado no post anterior possui os seguintes elementos: Tema, Série, Objetivos, Conteúdos (Conceitual, Procedimental, Atitudinal), Estratégias didáticas, Sequência didática, Recursos Didáticos, Avaliação (Instrumento de avaliação, Critérios de avaliação) e Bibliografia.
Para planejar uma aula é necessário que o professor tenha definido o tema que deseja trabalhar e a série que deseja desenvolver o planejamento. Estes itens podem parecer óbvios, mas é preciso não esquecer que para turmas em diferentes níveis escolares, com idades diferentes é realizado um planejamento, com objetivos e critérios de avaliação distintos.
O item objetivo vai nortear o planejamento, uma vez que a partir dele o professor desenvolvera os próximos itens, pensando no objetivo que deseja atingir com seu plano de aula. E possível visualizar dois tipos de objetivos ocultos neste item: objetivo didático e objetivo em competência.
O objetivo didático esta relacionado a aprendizagem do aluno, e para formular este objetivo é possível pensar numa frase oculta para facilitar a formulação do objetivo: ao final do trabalho o aluno deverá, por exemplo:
· Compreender que há formas muito diferentes de adquirir, obter e avaliar informações sobre o passado.
· Situar os acontecimentos históricos do período de Vargas, as formas de repressão ocorridas no período, a fim de conhecer e respeitar as diferentes manifestações culturais.
O objetivo em competência esta relacionado ao ensino, dessa forma centra-se nas ações do professor e a frase oculta é: no decorrer do trabalho o professor deverá, por exemplo:
· Possibilitar que o aluno compare situações do presente aquelas do passado (no período Vargas)
· Possibilitar que os alunos tenham contato com diferentes fontes históricas que trabalhem a temática do período Vargas.
É interessante colocar que objetivo didático e objetivo em competência, podem estar juntos no item objetivos, sem necessidade de especificação de cada um no plano de aula, porém é necessário que ambos sejam visualizados. Dessa maneira ensino e aprendizagem estarão presentes no plano de aula.
O conteúdo do plano de aula pode ser visualizado em três itens que se relacionam e se complementam: conceitual, procedimental e atitudinal.
Os conteúdos conceituais abrangem os conceitos e princípios que os alunos deveram aprender ao longo do desenvolvimento do plano de aula.
Para desenvolver esse tipo de conceito é possível visualizar uma frase oculta: o aluno aprenderá, por exemplo:
· Estado Novo
· Populismo
Os conteúdos procedimentais são um conjunto de ações coordenadas pelo professor, para a realização de um objetivo. Ações que o aluno ao longo do trabalho aprenderá a desenvolver. Para facilitar a localização desse conteúdo, podemos pensar na frase: o aluno aprenderá a fazer, por exemplo:
· Leitura em conjunto, alunos e professor.
· Analise de documentos escritos e sonoros (músicas)
· Produção de texto informativo sobre o tema.
Os conteúdos atitudinais diz respeito a valores e atitudes. Espera-se que o aluno no desenvolver das aulas adquira determinados valores que o auxilie em tomadas de decisões futuras. Para desenvolver este conceito no plano de aula, podemos visualizar a frase oculta: o aluno vai desenvolver comportamentos de, por exemplo:
· Compreender as diferentes organizações políticas.
· Respeitar as diferenças culturais e sociais dos indivíduos
No plano de aula o professor deve estar atento em como ele vai desenvolver todos os itens acima mencionados, de que forma vai trabalhar com os alunos e com os conteúdos. Por isso fica quase impossível pensar num planejamento sem pensar nas estratégias didáticas.
As estratégias didáticas referem-se à maneira que o professor organizará a aula e seus alunos. As frases ocultas desse item são: de que forma vou organizar minha aula, de que forma vou organizar os alunos, por exemplo:
· Aula expositiva
· Trabalho em grupo
· Análise de documentos escritos e sonoros (músicas)
A sequência didática é o instrumento utilizado para pensar em quantas aulas o professor pretende desenvolver o conteúdo proposto. O número de aulas varia de acordo com o planejamento das atividades.
A sequência didática é importante, ainda, porque com ela o professor pode planejar o número de aulas para cada atividade, estando sempre atento para o tempo de desenvolvimento das atividades, a fim de pensar em possíveis ajustes futuros para os próximos planos de aula.
O recurso didático é o item onde o professor destaca os recursos e os materiais, que serão utilizados durante todo o planejamento, por exemplo:
· Textos
· Livro didático
· Revistas
A avaliação é um dos instrumentos mais importantes do planejamento, uma vez que a partir desta será possível avaliar o nível de aprendizagem dos alunos e o próprio trabalho do professor. O instrumento de avaliação, é a forma que o professor utiliza para avaliar o aprendizado, por exemplo:
· Produção de texto informativo
· Apresentação de seminário, com produção escrita
· Análise escrita dos textos estudados
O critério de avaliação está diretamente ligado ao instrumento de avaliação, através do critério o professor vai perceber, se a aluno conseguiu aprender a conteúdo, e dominar conceitos e temas trabalhados durante a aula, como:
· Dominar os conceitos apresentados
· Saber identificar diferentes documentos históricos
· Saber produzir um texto informativo ou dissertativo
Por fim temos no planejamento a bibliografia, onde o professor destaca o material utilizado no planejamento, desde livros, revistas, artigos, etc.
Planejar é aprender, então vamos planejar!!
Bibliografia:
Zabala, Antoni. A prática educativa: como ensinar
I - Elaborando o Projeto Pedagógico
11. Plano de Ensino - Orientações
Diagnóstico
O Diagnóstico tem por fim determinar, através de métodos, os mais precisos possíveis, a natureza e as causas dos problemas educacionais. Deve levar em conta o homem ou o modelo de sociedade que desejamos e o campo educacional em que nos movemos.
Diagnóstico é o confronto entre o ideal traçado e a prática existente.
É uma leitura e um juízo de realidade, do mundo e da escola.
Referências básicas para o diagnóstico escolar:
Análise dos resultados do SARESP.
Análise dos resultados do ENEM.
Análise do quadro escolar do ano anterior (vide relatório anual aprovado pelo Conselho de Escola).
Quanto maior a consistência entre a problematização e as ações planejadas, melhor e mais útil será o diagnóstico. Se essa etapa for conduzida pelo grupo de maneira competente, estará preparado campo seguro para se traçar uma boa programação.
Diagnosticar é detectar o caráter específico da realidade da escola e identificar as fontes dos problemas a serem superados. Isto significa que os indicadores sócio-econômicos-educacionais-culturais devem ser previamente conhecidos para que o planejamento educacional se baseie em uma análise, a mais precisa possível, do sistema educacional da escola.
O diagnóstico tem o objetivo de reunir dados e informações suficientes à análise da qual resulta o estabelecimento de um plano de ação.
Objetivos Gerais
correspondem a planos de longo e médio prazo;
expressam propósitos mais amplos acerca do papel da escola e do ensino diante das exigências postas pela realidade social e diante do desenvolvimento da personalidade dos alunos;
definem as grandes linhas, perspectivas da prática educativa da sociedade brasileira, que serão depois convertidas em objetivos específicos de cada disciplina, conforme os níveis escolares e a idade dos alunos.
Objetivos Específicos
correspondem a planos de curto prazo;
referem-se às ações concretas a realizar;
sua redação deve ser feita no infinitivo;
devem ser ativos, dinâmicos e breves;
é uma ação concreta que contém o que se pretende fazer e o para quê;
determinam exigências e resultados esperados da atividade dos alunos, referentes a conhecimentos, atitudes, habilidades e convicções cuja aquisição e desenvolvimento ocorrem no processo de transmissão/assimilação e construção do conhecimento nas disciplinas em estudo.
Conteúdos
Conteúdos são conhecimentos ou formas culturais que se considera essencial que sejam assimilados por estudantes a fim de alcançar seu desenvolvimento e socialização.
São os conhecimentos sistematizados, selecionados das bases das ciências e dos modos de ação acumulados pela experiência social da humanidade e organizados para serem ensinados na escola; são habilidades e hábitos, vinculados aos conhecimentos, incluindo métodos e procedimentos de aprendizagem e de estudo; são atitudes e convicções, envolvendo modos de agir, de sentir e de enfrentar o mundo. Tais elementos dos conteúdos são interdependentes, um atuando sobre o outro; entretanto, os elementos unificadores são os conhecimentos sistematizados.
A - Quanto ao Conteúdo:
São os conhecimentos sistematizados que devem estar associados e articulados em nível crescente de complexidade de forma a garantir que, a partir de sucessivas aproximações, o aluno possa aprendê-lo e aplicá-lo.
Devem ser selecionados de forma que sirvam de mediadores para que os alunos compreendam a realidade.
Devem contemplar os conhecimentos, as atitudes e habilidades nos domínios cognitivos, afetivos e psicomotores.
Os conteúdos conceituais visam a desenvolver as competências do educando nas suas relações com símbolos, expressões, idéias, imagens, representações e nexos, com os quais ele aprende e ressignifica o real. As competências do aluno materializam-se através do trato reflexivo de conteúdos específicos de ensino, em situações problematizadoras, desafiadoras para o grupo (situação didática planejada pelo professor). A elaboração de conceitos permite ao aluno vivenciar o conhecimento, elaborar generalizações, buscar regularidades ressignificando e relacionando a dimensão conceitual do conteúdo numa perspectiva científica, criativa, produtiva.
A dimensão procedimental do conteúdo envolve o processo ensino-aprendizagem, articulando três pólos distintos: a construção de uma lógica, uma pedagogia e uma área específica de conhecimento. Materializa-se numa perspectiva educacional dialógica, participativa, compartilhada, bem como no papel desempenhado pela escola no sentido de ampliar a capacidade reflexiva do aluno acerca da realidade complexa e contraditória, adotando um compromisso coletivo, interativo, integrativo, viabilizado com a construção coletiva do projeto político-pedagógico. Os conteúdos procedimentais expressam um saber fazer que envolve tomar decisões e realizar uma série de ações, de forma ordenada e não aleatória, para atingir uma meta. Os mesmos sempre estão presentes num projeto de ensino, pois uma pesquisa, um experimento, uma síntese, um festival, uma oficina, são proposições de ações presentes em sala de aula.
A dimensão atitudinal do conteúdo está presente no cotidiano escolar, envolvendo valores, atitudes, normas, posturas que influem nas relações e interações da comunidade escolar numa perspectiva educacional responsável, valorativa. Está presente na visão ideológica subjacente ao contexto pedagógico construído nas interações cotidianas em que se materializa a produção do saber. A escola é um contexto socializador, gerador de atitudes relativas ao conhecimento, ao professor, aos colegas, às disciplinas, às tarefas, à sociedade. A não compreensão das relações, das atitudes, dos valores, das normas como conteúdos escolares faz com que estes sejam comunicados, sobretudo de forma inadvertida.
Entende-se por competências cognitivas modalidades estruturais da inteligência, operações que o sujeito utiliza para estabelecer relações com e entre os objetos, situações, fenômenos e pessoas: observar, representar, imaginar, reconstruir, comparar, classificar, ordenar, memorizar, interpretar, inferir, criticar, supor, levantar hipóteses, escolher, decidir, identificar, planejar, dentre outras tantas.
B - Tipologia dos conteúdos
Conteúdos CONCEITUAIS - o que é preciso saber, conteúdos PROCEDIMENTAIS - o que é preciso saber fazer e conteúdos ATITUDINAIS - os que admitem ser.
Conceituais - O que é preciso "saber"
Entre outros requisitos, o que permite que os alunos aprendam conceitos de maneira significativa na escola é:
a) Possuir uma série de saberes pessoais.
b) Contar com professores dispostos a trabalhar considerando os alunos como centro de sua intervenção.
O conhecimento em qualquer área requer informação. Para aprender um conceito, é necessário estabelecer relações significativas com outros conceitos.
Os objetivos referentes a fatos, conceitos e princípios freqüentemente são formulados mediante os seguintes verbos: IDENTIFICAR, RECONHECER, CLASSIFICAR, DESCREVER, COMPARAR, CONHECER, EXPLICAR, RELACIONAR, SITUAR (no espaço ou no tempo), LEMBRAR, ANALISAR, INFERIR, GENERALIZAR, COMENTAR, INTERPRETAR, TIRAR CONCLUSÕES, ESBOÇAR, INDICAR, ENUMERAR, ASSINALAR, RESUMIR, DISTINGÜIR, APLICAR, etc.
Procedimentais - "saber fazer"
O que implica aprender um conteúdo procedimental provém de seu caráter de "saber fazer". A característica do saber fazer se refere à realização de ações e de exercícios de reflexão sobre a própria atividade e de aplicação em contextos diferenciados. Torna claro o caráter necessariamente significativo e funcional que deve ter a contribuição desse conteúdo.
Os objetivos referentes a procedimentos freqüentemente são formulados mediante os seguintes verbos: MANEJAR, CONFECCIONAR, UTILIZAR, CONSTRUIR, APLICAR, COLETAR, REPRESENTAR, OBSERVAR, EXPERIMENTAR, TESTAR, ELABORAR, SIMULAR, DEMONSTRAR, RECONSTRUIR, PLANEJAR, EXECUTAR, COMPOR, etc.
Atitudinais - "ser"
Tendências ou disposições adquiridas e relativamente duradouras para avaliar de um modo determinado, um objeto, uma pessoa, um acontecimento ou situação e atuar de acordo com essa avaliação.
A formação e a mudança de atitudes opera sempre com três componentes:
Componente cognitivo (conhecimentos e crenças);
Componente afetivo (sentimentos e preferências);
Componente de conduta (ações manifestas e declaração de intenções);
Os objetivos referentes a valores, normas e atitudes freqüentemente são formulados mediante os seguintes verbos: COMPORTAR-SE (de acordo com), RESPEITAR, TOLERAR, APRECIAR, PONDERAR (positiva ou negativamente), ACEITAR, PRATICAR, SER CONSCIENTE DE, REAGIR A, CONFORMAR-SE COM, AGIR, CONHECER, PERCEBER, ESTAR SENSIBILIZADO, SENTIR, PRESTAR ATENÇÃO À, INTERESSAR POR, OBEDECER, PERMITIR, PREOCUPAR-SE COM, DELEITAR-SE COM, RECREAR-SE, PREFERIR, INCLINAR-SE A, TER AUTONOMIA, PESQUISAR, ESTUDAR, etc.
Orientação Didático-metodológica
As orientações didático-metodológicas se constituem na análise das diferentes relações que ocorrem entre alunos-professores e diferentes variáveis didáticas presentes no processo de ensino-aprendizagem. Não são receitas de "como ensinar" mas reflexos que orientam a prática.
Estratégia, segundo o dicionário eletrônico, é, dentre outros significados, "Arte de aplicar os meios disponíveis com vista à consecução de objetivos específicos" ou "Arte de explorar condições favoráveis com o fim de alcançar objetivos específicos."Ambos os significados sugerem que trata-se de mecanismos para a consecução de determinados objetivos previamente estabelecidos. Assim, antes de determinarmos como será realizado o ensino, por exemplo, é importante que determinemos por quê e para quê queremos ensinar. Em outras palavras, é importante que determinemos nossos objetivos e, depois, escolhamos as estratégias necessárias para que esses objetivos sejam alcançados. Ao perguntarmos por quê e para quê ensinar, por exemplo, estamos levantando questões essencialmente filosóficas e cujas respostas revelam muito sobre nossas idiossincrasias, pontos de vista, concepções; revelam, enfim, toda nossa visão de mundo. Expõem, mesmo sem querer, o mais profundo de nosso pensamento e nossas posturas educacionais.
Seleção de instrumentos e técnicas de avaliação
A seleção dos instrumentos e técnicas deve considerar as competências e padrões desejados, bem como a natureza da instituição. É interessante pensar numa conjugação de instrumentos que permitam captar melhor as diversas dimensões dos domínios das competências (conhecimentos gerais, habilidades, atitudes e conhecimentos técnicos específicos).
Algumas técnicas e instrumentos poderiam ser pensados, a saber:
desenvolvimento de projetos;
observação da resolução de problemas em situações simuladas a partir da realidade;
estudos de casos;
provas operatórias;
portfólios.
Os projetos são instrumentos úteis para avaliar a aprendizagem na educação escolar, uma vez que permitem verificar as capacidades de:
representar objetivos a alcançar;
caracterizar propriedades daquilo que será trabalhado;
antecipar resultados intermediários e finais;
escolher estratégias mais adequadas para a resolução de um Problema;
executar ações para alcançar processos e resultados específicos;
avaliar condições para a resolução do problema;
seguir critérios preestabelecidos.
O projeto pode ser proposto para ser realizado individualmente e em equipes. Nos projetos em equipe, além das capacidades já descritas, pode-se verificar, ainda, a presença de algumas atitudes tais como: respeito, capacidade de ouvir, de tomar decisões em conjunto e de solidariedade. O projeto prevê que o aluno se transforme em agente multiplicador, disseminando informações, agindo em conjunto com outras pessoas da comunidade, auxiliando na resolução de problemas comuns.
Além de técnicas diversificadas para a avaliação deverão ser utilizados no mínimo três instrumentos diferentes por bimestre, caracterizando o desempenho dos alunos em diferentes etapas de seu desenvolvimento. O portfólio é um instrumento que contempla registros diversos, em momentos significativos de aprendizagem, proporcionando assim a visualização do processo contínuo do desenvolvimento, tanto para o professor quanto para o aluno.
Recuperação
Verificar a Indicação CEE 05/98 e Res. SE 27/02.
A Lei 9.394/96, a LDB, traz na alínea "e" do inciso V do art. 24, a obrigatoriedade dos estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos.
As atividades pedagógicas que envolvem os estudos de recuperação devem ocorrer de forma a garantir o processo de ensino e de aprendizagem através de mecanismos programados em projetos que possam claramente identificar as defasagens ou dificuldades dos alunos e ações para saná-las.
É sadia e necessária a participação da família na vida escolar dos seus filhos, porém, não é recomendável a transferência de incumbências. Observe-se ainda, que postergar defasagens detectadas no aprendizado compromete sobremaneira a vida escolar do aluno e compromete o ensino que se quer de qualidade.
A partir de 1998, deverão ser observados nos estabelecimentos de ensino os seguintes pontos:
a) Os estudos de recuperação ou de outras oportunidades de aprendizagem serão oferecidos, obrigatoriamente, aos alunos que apresentarem dificuldades de aprendizagem e deverão ser realizados, de preferência, no decurso do ano letivo.
b) Revisão do sistema de avaliação da aprendizagem do aluno, o que implicará em reflexão sobre as concepções de ensino e de aprendizagem e, como conseqüência sobre a metodologia usada nos estudos de recuperação, que passarão a constar da proposta pedagógica, Regimento e Plano de Gestão da instituição de ensino.
A recuperação será processual (contínua) e paralela. A processual consiste numa ferramenta constantemente utilizada pelo professor, durante o ano letivo. Ocorrerá na sala de aula, no momento em que o professor constatar a existência de dificuldades em algum aluno ou grupo, permitindo que, após investigadas e corrigidas as falhas, estes possam acompanhar normalmente as atividades do curso.
A paralela ocorrerá nos termos da Res. SE 27/2002, com freqüência em outro turno e não necessariamente com o professor da classe.
O programa de recuperação e reforço da rede estadual inclui recuperação contínua, paralela e de ciclo. Cabe ao professor a responsabilidade de avaliar diariamente seus alunos para verificar o seu desempenho. Se nessa avaliação for constatada dificuldade na aprendizagem, o aluno é encaminhado para a recuperação contínua, realizada pelo próprio professor da classe durante o horário normal de aulas, através de trabalhos diversificados para estimular o aprendizado. Caso esse esforço não seja suficiente, o aluno é encaminhado para a recuperação paralela, em que os alunos são divididos em pequenos grupos de acordo com suas dificuldades. As atividades acontecem em até cinco horas semanais fora do horário normal de aulas.
Bibliografia (do plano)
Básica - é referente à área específica do professor.
Complementar - refere-se aos conhecimentos pedagógicos gerais do docente.
11. Plano de Ensino - Orientações
Diagnóstico
O Diagnóstico tem por fim determinar, através de métodos, os mais precisos possíveis, a natureza e as causas dos problemas educacionais. Deve levar em conta o homem ou o modelo de sociedade que desejamos e o campo educacional em que nos movemos.
Diagnóstico é o confronto entre o ideal traçado e a prática existente.
É uma leitura e um juízo de realidade, do mundo e da escola.
Referências básicas para o diagnóstico escolar:
Análise dos resultados do SARESP.
Análise dos resultados do ENEM.
Análise do quadro escolar do ano anterior (vide relatório anual aprovado pelo Conselho de Escola).
Quanto maior a consistência entre a problematização e as ações planejadas, melhor e mais útil será o diagnóstico. Se essa etapa for conduzida pelo grupo de maneira competente, estará preparado campo seguro para se traçar uma boa programação.
Diagnosticar é detectar o caráter específico da realidade da escola e identificar as fontes dos problemas a serem superados. Isto significa que os indicadores sócio-econômicos-educacionais-culturais devem ser previamente conhecidos para que o planejamento educacional se baseie em uma análise, a mais precisa possível, do sistema educacional da escola.
O diagnóstico tem o objetivo de reunir dados e informações suficientes à análise da qual resulta o estabelecimento de um plano de ação.
Objetivos Gerais
correspondem a planos de longo e médio prazo;
expressam propósitos mais amplos acerca do papel da escola e do ensino diante das exigências postas pela realidade social e diante do desenvolvimento da personalidade dos alunos;
definem as grandes linhas, perspectivas da prática educativa da sociedade brasileira, que serão depois convertidas em objetivos específicos de cada disciplina, conforme os níveis escolares e a idade dos alunos.
Objetivos Específicos
correspondem a planos de curto prazo;
referem-se às ações concretas a realizar;
sua redação deve ser feita no infinitivo;
devem ser ativos, dinâmicos e breves;
é uma ação concreta que contém o que se pretende fazer e o para quê;
determinam exigências e resultados esperados da atividade dos alunos, referentes a conhecimentos, atitudes, habilidades e convicções cuja aquisição e desenvolvimento ocorrem no processo de transmissão/assimilação e construção do conhecimento nas disciplinas em estudo.
Conteúdos
Conteúdos são conhecimentos ou formas culturais que se considera essencial que sejam assimilados por estudantes a fim de alcançar seu desenvolvimento e socialização.
São os conhecimentos sistematizados, selecionados das bases das ciências e dos modos de ação acumulados pela experiência social da humanidade e organizados para serem ensinados na escola; são habilidades e hábitos, vinculados aos conhecimentos, incluindo métodos e procedimentos de aprendizagem e de estudo; são atitudes e convicções, envolvendo modos de agir, de sentir e de enfrentar o mundo. Tais elementos dos conteúdos são interdependentes, um atuando sobre o outro; entretanto, os elementos unificadores são os conhecimentos sistematizados.
A - Quanto ao Conteúdo:
São os conhecimentos sistematizados que devem estar associados e articulados em nível crescente de complexidade de forma a garantir que, a partir de sucessivas aproximações, o aluno possa aprendê-lo e aplicá-lo.
Devem ser selecionados de forma que sirvam de mediadores para que os alunos compreendam a realidade.
Devem contemplar os conhecimentos, as atitudes e habilidades nos domínios cognitivos, afetivos e psicomotores.
Os conteúdos conceituais visam a desenvolver as competências do educando nas suas relações com símbolos, expressões, idéias, imagens, representações e nexos, com os quais ele aprende e ressignifica o real. As competências do aluno materializam-se através do trato reflexivo de conteúdos específicos de ensino, em situações problematizadoras, desafiadoras para o grupo (situação didática planejada pelo professor). A elaboração de conceitos permite ao aluno vivenciar o conhecimento, elaborar generalizações, buscar regularidades ressignificando e relacionando a dimensão conceitual do conteúdo numa perspectiva científica, criativa, produtiva.
A dimensão procedimental do conteúdo envolve o processo ensino-aprendizagem, articulando três pólos distintos: a construção de uma lógica, uma pedagogia e uma área específica de conhecimento. Materializa-se numa perspectiva educacional dialógica, participativa, compartilhada, bem como no papel desempenhado pela escola no sentido de ampliar a capacidade reflexiva do aluno acerca da realidade complexa e contraditória, adotando um compromisso coletivo, interativo, integrativo, viabilizado com a construção coletiva do projeto político-pedagógico. Os conteúdos procedimentais expressam um saber fazer que envolve tomar decisões e realizar uma série de ações, de forma ordenada e não aleatória, para atingir uma meta. Os mesmos sempre estão presentes num projeto de ensino, pois uma pesquisa, um experimento, uma síntese, um festival, uma oficina, são proposições de ações presentes em sala de aula.
A dimensão atitudinal do conteúdo está presente no cotidiano escolar, envolvendo valores, atitudes, normas, posturas que influem nas relações e interações da comunidade escolar numa perspectiva educacional responsável, valorativa. Está presente na visão ideológica subjacente ao contexto pedagógico construído nas interações cotidianas em que se materializa a produção do saber. A escola é um contexto socializador, gerador de atitudes relativas ao conhecimento, ao professor, aos colegas, às disciplinas, às tarefas, à sociedade. A não compreensão das relações, das atitudes, dos valores, das normas como conteúdos escolares faz com que estes sejam comunicados, sobretudo de forma inadvertida.
Entende-se por competências cognitivas modalidades estruturais da inteligência, operações que o sujeito utiliza para estabelecer relações com e entre os objetos, situações, fenômenos e pessoas: observar, representar, imaginar, reconstruir, comparar, classificar, ordenar, memorizar, interpretar, inferir, criticar, supor, levantar hipóteses, escolher, decidir, identificar, planejar, dentre outras tantas.
B - Tipologia dos conteúdos
Conteúdos CONCEITUAIS - o que é preciso saber, conteúdos PROCEDIMENTAIS - o que é preciso saber fazer e conteúdos ATITUDINAIS - os que admitem ser.
Conceituais - O que é preciso "saber"
Entre outros requisitos, o que permite que os alunos aprendam conceitos de maneira significativa na escola é:
a) Possuir uma série de saberes pessoais.
b) Contar com professores dispostos a trabalhar considerando os alunos como centro de sua intervenção.
O conhecimento em qualquer área requer informação. Para aprender um conceito, é necessário estabelecer relações significativas com outros conceitos.
Os objetivos referentes a fatos, conceitos e princípios freqüentemente são formulados mediante os seguintes verbos: IDENTIFICAR, RECONHECER, CLASSIFICAR, DESCREVER, COMPARAR, CONHECER, EXPLICAR, RELACIONAR, SITUAR (no espaço ou no tempo), LEMBRAR, ANALISAR, INFERIR, GENERALIZAR, COMENTAR, INTERPRETAR, TIRAR CONCLUSÕES, ESBOÇAR, INDICAR, ENUMERAR, ASSINALAR, RESUMIR, DISTINGÜIR, APLICAR, etc.
Procedimentais - "saber fazer"
O que implica aprender um conteúdo procedimental provém de seu caráter de "saber fazer". A característica do saber fazer se refere à realização de ações e de exercícios de reflexão sobre a própria atividade e de aplicação em contextos diferenciados. Torna claro o caráter necessariamente significativo e funcional que deve ter a contribuição desse conteúdo.
Os objetivos referentes a procedimentos freqüentemente são formulados mediante os seguintes verbos: MANEJAR, CONFECCIONAR, UTILIZAR, CONSTRUIR, APLICAR, COLETAR, REPRESENTAR, OBSERVAR, EXPERIMENTAR, TESTAR, ELABORAR, SIMULAR, DEMONSTRAR, RECONSTRUIR, PLANEJAR, EXECUTAR, COMPOR, etc.
Atitudinais - "ser"
Tendências ou disposições adquiridas e relativamente duradouras para avaliar de um modo determinado, um objeto, uma pessoa, um acontecimento ou situação e atuar de acordo com essa avaliação.
A formação e a mudança de atitudes opera sempre com três componentes:
Componente cognitivo (conhecimentos e crenças);
Componente afetivo (sentimentos e preferências);
Componente de conduta (ações manifestas e declaração de intenções);
Os objetivos referentes a valores, normas e atitudes freqüentemente são formulados mediante os seguintes verbos: COMPORTAR-SE (de acordo com), RESPEITAR, TOLERAR, APRECIAR, PONDERAR (positiva ou negativamente), ACEITAR, PRATICAR, SER CONSCIENTE DE, REAGIR A, CONFORMAR-SE COM, AGIR, CONHECER, PERCEBER, ESTAR SENSIBILIZADO, SENTIR, PRESTAR ATENÇÃO À, INTERESSAR POR, OBEDECER, PERMITIR, PREOCUPAR-SE COM, DELEITAR-SE COM, RECREAR-SE, PREFERIR, INCLINAR-SE A, TER AUTONOMIA, PESQUISAR, ESTUDAR, etc.
Orientação Didático-metodológica
As orientações didático-metodológicas se constituem na análise das diferentes relações que ocorrem entre alunos-professores e diferentes variáveis didáticas presentes no processo de ensino-aprendizagem. Não são receitas de "como ensinar" mas reflexos que orientam a prática.
Estratégia, segundo o dicionário eletrônico, é, dentre outros significados, "Arte de aplicar os meios disponíveis com vista à consecução de objetivos específicos" ou "Arte de explorar condições favoráveis com o fim de alcançar objetivos específicos."Ambos os significados sugerem que trata-se de mecanismos para a consecução de determinados objetivos previamente estabelecidos. Assim, antes de determinarmos como será realizado o ensino, por exemplo, é importante que determinemos por quê e para quê queremos ensinar. Em outras palavras, é importante que determinemos nossos objetivos e, depois, escolhamos as estratégias necessárias para que esses objetivos sejam alcançados. Ao perguntarmos por quê e para quê ensinar, por exemplo, estamos levantando questões essencialmente filosóficas e cujas respostas revelam muito sobre nossas idiossincrasias, pontos de vista, concepções; revelam, enfim, toda nossa visão de mundo. Expõem, mesmo sem querer, o mais profundo de nosso pensamento e nossas posturas educacionais.
Seleção de instrumentos e técnicas de avaliação
A seleção dos instrumentos e técnicas deve considerar as competências e padrões desejados, bem como a natureza da instituição. É interessante pensar numa conjugação de instrumentos que permitam captar melhor as diversas dimensões dos domínios das competências (conhecimentos gerais, habilidades, atitudes e conhecimentos técnicos específicos).
Algumas técnicas e instrumentos poderiam ser pensados, a saber:
desenvolvimento de projetos;
observação da resolução de problemas em situações simuladas a partir da realidade;
estudos de casos;
provas operatórias;
portfólios.
Os projetos são instrumentos úteis para avaliar a aprendizagem na educação escolar, uma vez que permitem verificar as capacidades de:
representar objetivos a alcançar;
caracterizar propriedades daquilo que será trabalhado;
antecipar resultados intermediários e finais;
escolher estratégias mais adequadas para a resolução de um Problema;
executar ações para alcançar processos e resultados específicos;
avaliar condições para a resolução do problema;
seguir critérios preestabelecidos.
O projeto pode ser proposto para ser realizado individualmente e em equipes. Nos projetos em equipe, além das capacidades já descritas, pode-se verificar, ainda, a presença de algumas atitudes tais como: respeito, capacidade de ouvir, de tomar decisões em conjunto e de solidariedade. O projeto prevê que o aluno se transforme em agente multiplicador, disseminando informações, agindo em conjunto com outras pessoas da comunidade, auxiliando na resolução de problemas comuns.
Além de técnicas diversificadas para a avaliação deverão ser utilizados no mínimo três instrumentos diferentes por bimestre, caracterizando o desempenho dos alunos em diferentes etapas de seu desenvolvimento. O portfólio é um instrumento que contempla registros diversos, em momentos significativos de aprendizagem, proporcionando assim a visualização do processo contínuo do desenvolvimento, tanto para o professor quanto para o aluno.
Recuperação
Verificar a Indicação CEE 05/98 e Res. SE 27/02.
A Lei 9.394/96, a LDB, traz na alínea "e" do inciso V do art. 24, a obrigatoriedade dos estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos.
As atividades pedagógicas que envolvem os estudos de recuperação devem ocorrer de forma a garantir o processo de ensino e de aprendizagem através de mecanismos programados em projetos que possam claramente identificar as defasagens ou dificuldades dos alunos e ações para saná-las.
É sadia e necessária a participação da família na vida escolar dos seus filhos, porém, não é recomendável a transferência de incumbências. Observe-se ainda, que postergar defasagens detectadas no aprendizado compromete sobremaneira a vida escolar do aluno e compromete o ensino que se quer de qualidade.
A partir de 1998, deverão ser observados nos estabelecimentos de ensino os seguintes pontos:
a) Os estudos de recuperação ou de outras oportunidades de aprendizagem serão oferecidos, obrigatoriamente, aos alunos que apresentarem dificuldades de aprendizagem e deverão ser realizados, de preferência, no decurso do ano letivo.
b) Revisão do sistema de avaliação da aprendizagem do aluno, o que implicará em reflexão sobre as concepções de ensino e de aprendizagem e, como conseqüência sobre a metodologia usada nos estudos de recuperação, que passarão a constar da proposta pedagógica, Regimento e Plano de Gestão da instituição de ensino.
A recuperação será processual (contínua) e paralela. A processual consiste numa ferramenta constantemente utilizada pelo professor, durante o ano letivo. Ocorrerá na sala de aula, no momento em que o professor constatar a existência de dificuldades em algum aluno ou grupo, permitindo que, após investigadas e corrigidas as falhas, estes possam acompanhar normalmente as atividades do curso.
A paralela ocorrerá nos termos da Res. SE 27/2002, com freqüência em outro turno e não necessariamente com o professor da classe.
O programa de recuperação e reforço da rede estadual inclui recuperação contínua, paralela e de ciclo. Cabe ao professor a responsabilidade de avaliar diariamente seus alunos para verificar o seu desempenho. Se nessa avaliação for constatada dificuldade na aprendizagem, o aluno é encaminhado para a recuperação contínua, realizada pelo próprio professor da classe durante o horário normal de aulas, através de trabalhos diversificados para estimular o aprendizado. Caso esse esforço não seja suficiente, o aluno é encaminhado para a recuperação paralela, em que os alunos são divididos em pequenos grupos de acordo com suas dificuldades. As atividades acontecem em até cinco horas semanais fora do horário normal de aulas.
Bibliografia (do plano)
Básica - é referente à área específica do professor.
Complementar - refere-se aos conhecimentos pedagógicos gerais do docente.
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